Lembramo-nos de um quadro muito comovente, no qual aparece uma sala, cuja janela dá para o mar. Uma senhora com semblante sério, está sentada à mesa, enquanto duas crianças brincam no tapete, a seus pés. Em sua mão há uma carta que a senhora acabara de ler, e seus olhos estão fitos no imenso mar. Vê-se, também, o retrato de um homem, pendurado na parede.
O que o pintor quis representar, está claro, trata-se do pai daquelas crianças, que está navegando além daquele oceano. Ali está seu retrato; ele, porém, está bem longe; mas escrevera uma carta à esposa, carta que ela acabara de ler, comunicando noticias alegres, dizendo que estaria de volta ao lar. Assim, a mãe está à janela, dia após dia, os olhos fitos no mar, aguardando a primeira aparição das velas do navio, que trará aquele que por muito tempo se ausentou da família.
Há Um outro, bem querido, por muito tempo ausente entre nós. Não há força que nos leve a olhar para