1. Deus é o Criador e
Supremo Soberano. As escrituras
em parte nenhuma procuram provar a existência de Deus,
por se tratar de um fato que dispensa provas. Deus é
supremo Autor de todo o Universo e Autor de todo este mundo maravilhoso e tudo
que ele contém. Ele o sustenta de modo harmonioso e
rege sobre todos os seres inteligentes criados, angelicais ou humanos. Deus é
o Dirigente bem presente, e conduz os destinos de Sua obra. Nada foi deixado ao
acaso. Antes vemos em tudo a operação da onipotência,
e onisciência de Deus. Ele Se interessa nos mínimos
detalhes com referência às Suas
criaturas. Ele observa a morte de um passarinho e a queda do fio de cabelo da
cabeça dos seus amados.
2.
Existe Um Poder Pessoal do Mal. Em épocas de
guerra, quando chegam a morrer milhões de seres
humanos, costumam perguntar: "Se existe um Deus, por que Ele permite uma
tragédia dessas?” A resposta é
muito simples.
Deus não é o responsável
por essas condições tão terríveis
que prevalecem entre os homens. A verdade é que houve no
passado uma rebelião neste mundo contra a vontade divina.
Um outro ser, Satanás, o grande inimigo de Deus e do
homem, é o responsável
por essa miséria. Ele é homicida"
desde o princípio. João 8.44. Ele é
o destruidor dos homens e aquele que se opõe a todos os
bons propósitos de Deus para a felicidade do
homem.
3. A Redenção. Deus é um Ser de
absoluta santidade.
A
Sua santidade expressa-se por afastar da Sua presença
tudo quanto esteja fora de harmonia consigo, sendo Ele um Ser imaculado. Conseqüentemente,
quando o homem caiu no pecado, foi banido do Jardim do Éden
e da comunhão com um Deus santo. Essa lição
é expressa de modo objetivo através
do Velho Testamento por meio do sistema de sacrifícios
realizados no Tabernáculo e no Templo. O homem ficou excluído
do lugar Santo dos Santos que representava a divina presença
e somente por meio de um representante, o sacerdote, poderia aproximar-se de
Deus, e isto uma vez
por ano e somente através do sangue do
sacrifício.
O
amor de Deus se extendia em direção ao ser que
Ele criara na Sua própria
imagem, e assim, mesmo antes da queda, prevendo
essa calamidade, já havia preparado "o Cordeiro que foi morto, desde a fundação
do mundo" que daria a Sua vida em resgate da humanidade.
Ap 13.8.
4. A Retribuição. Deus não apenas é
um Deus de amor, como também de justiça
absoluta, e caráter perfeito. Sua justiça
exige que se dê plena satisfação
pelos delitos cometidos contra a santa lei
divina. A pena terá
que ser aplicada ao transgressor. Por
incrível que pareça,
apesar de Deus ter preparado um
caminho pelo qual o homem pode
voltar ao Seu favor, nem todos os homens estão dispostos a
aceitar esta provisão tão amorável. O homem é
dotado
de livre arbítrio e, querendo ele, pode colocar a
sua inexpressiva vontade em
oposição
ao Ser que
o criou. Naturalmente, a
rejeição
do amor de Deus constitui um
pecado eterno e o rebelde sofrerá as mais terríveis
conseqüências,
isto é, será banido para
sempre do santo Deus. "A alma que pecar, essa morrerá".
Ez 18.4.
5.
Um
Povo Escolhido. Servindo-Se
de Sua soberania e sabedoria, Deus escolheu um povo, a nação
israelita., como meio de revelar a Sua pessoa e o modo de tratar com os homens,
especialmente através das Alianças.
Israel serviu de testemunha da existência do Deus
vivo e verdadeiro e da Sua infinita misericórdia. Contudo,
tornou-se uma nação indigna e de dura cerviz.
6.
O Princípio de
Planejamento divino, demonstrado pelas dispensações e pactos. Percebe-se
claramente na Palavra de Deus sete períodos distintos
chamados "dispensações". Segundo o Dr.
Schofield, "Uma dispensação é um período de tempo
durante o qual o homem é provado a
respeito de sua obediência para com uma
determinada revelação de vontade de Deus". Deus dotou
Suas criaturas de livre arbítrio e conseqüentemente
essa vontade precisa ser provada para que seja determinado se estará
concorde com Deus ou em desobediência a Ele. Em
Ap 21.27 é revelado o grande propósito
de Deus, de ter um reino, um universo sobre o qual Ele presidirá
e do qual será banido para sempre tudo que não
estiver em harmonia com Ele.
Facilmente
podemos entender que, para Deus alcançar Seu
objetivo, será necessário que a volição do homem seja posta à prova, e confirmada a obediência
a Deus, para que o plano divino não sofra prejuízo
por outras repetidas desobediências. Deus não
nos fez como um brinquedo mecânico que se põe
em movimento por meio de corda. Ao contrário, dotou-nos
de capacidade para amá-lo, glorificá-lo
e viver em comunhão com Ele. Ele nos deu existência,
para manifestar-Se a nós e por meio de nós,
Is 66.1,2; 57.15.
Após
a queda de Satanás, o homem, a nova criatura que
acabava de ser criada por Deus, necessariamente seria provada. Portanto, o que
lemos no livro de Gênesis acerca da prova e da queda do
homem no Jardim do Éden era coisa esperada. As dispensações
logicamente são vários estágios
empregados por Deus para testar o homem, segundo o grau da revelação
divina.
AS
SETE DISPENSAÇÕES
Estas
dispensações são as
seguintes: Inocência, Consciência,
Governo Humano, (ou seja a primeira organização em
sociedade), Patriarcal ou da família, a Lei, a
Graça, e o Milênio, que
será o governo divino. Isto não significa
que as Escrituras compõem-se de seções
independentes umas das outras. O fato é que as
dispensações até certo ponto
se sobrepõem, e algumas que vigoravam em passado
distante continuam de pé, quanto ao trato de Deus com os
homens. É o caso especialmente do governo
humano. Refutamos com veemência certas
interpretações das Escrituras que chamamos de
"ultra-dispensacionalismo".
Essas teorias reservam as bênçãos
pronunciadas por Deus exclusivamente para o povo que viveu dentro de uma
determinada dispensarão.
Cremos que as bênçãos de Deus são
para o Seu povo seja qual for a
dispensação em cada momento histórico
Cf. Rm 15.4; II Tm 3.16.
As
Escrituras revelam
OITO
ALIANÇAS ENTRE DEUS E OS HOMENS:
1)
A aliança edênica, que condicionou a vida do homem no estado
da inocência. Gn 1.28.
2)
A aliança com Adão, que condicionou a vida do homem decaído,
oferecendo a promessa dum Redentor, Gn 3.14-21.
3)
A aliança com Noé, que estabeleceu o princípio
do governo humano e assegurou a continuação da vida
sobre o planeta, Gn 9.1-17.
4)
A aliança com Abraão, que daria início
à nação israelita e
concedeu-lhe a terra da Palestina. Gn 12.1-3.
5)
A aliança com Moisés, que condena todos os homens
"porque todos pecaram e destituídos estão
da glória de Deus." Rm 3.23; Êx
19.1-25.
6)
A aliança palestínica, que assegura a restauração
e a conversão final de Israel. Lc 26; Dt 28.1 a 30.3.
7)
A aliança com Davi, que promete o
trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que se
cumprirá em Cristo, o "Filho de
Davi". II Sm 7.16; I Cr 17.7; SI 89.27; Lc 1.32,33.
8)
A Nova Aliança, que assegura a
transformação espiritual de Israel e de todos que
crêem em Cristo, tornando-os aceitáveis
a Deus.
7.
O Princípio de
"Consumação". Deus sempre
teve em mente um propósito definido, que é
o Seu plano da redenção dos homens. Ele prepara um glorioso
destino para Seu povo redimido, tanto na terra como no céu.
Esse propósito se concretizará
com o segundo advento do Redentor, que reinará sobre o mundo
em justiça. Depois de ter assim regido o mundo,
durante 1000 anos, entregará o reino nas mãos
do Pai. Então será estabelecido
um novo céu e uma nova terra, na qual habitará
a justiça para sempre. Deus será
supremo e terá a obediência de todos
no universo. I Co 15.28.
Fonte: A Bíblia Atrevés dos Séculos. (N. Lawrence Olson)
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