quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Sete Princípios no Estudo da Palavra de Deus



1. Deus é o Criador e Supremo Soberano.   As escrituras em parte nenhuma procuram provar a existência de Deus, por se tratar de um fato que dispensa provas. Deus é supremo Autor de todo o Universo e Autor de todo este mundo maravilhoso e tudo que ele contém. Ele o sustenta de modo harmonioso e rege sobre todos os seres inteli­gentes criados, angelicais ou humanos. Deus é o Dirigente bem presente, e conduz os destinos de Sua obra. Nada foi deixado ao acaso. Antes vemos em tudo a operação da onipotência, e onisciência de Deus. Ele Se interessa nos mínimos detalhes com referência às Suas criaturas. Ele observa a morte de um passarinho e a queda do fio de cabelo da cabeça dos seus amados.
2. Existe Um Poder Pessoal do Mal. Em épocas de guerra, quando chegam a morrer milhões de seres humanos, costumam perguntar: "Se existe um Deus, por que Ele permite uma tragédia dessas?” A resposta é muito simples.
Deus não é o responsável por essas condições tão terríveis que prevalecem entre os homens. A verdade é que houve no passado uma rebelião neste mundo contra a vontade divina. Um outro ser, Satanás, o grande inimigo de Deus e do homem, é o responsável por essa miséria. Ele é homicida" desde o princípio. João 8.44. Ele é o destrui­dor dos homens e aquele que se opõe a todos os bons pro­pósitos de Deus para a felicidade do homem.
3. A Redenção.   Deus é um Ser de absoluta santidade.
A Sua santidade expressa-se por afastar da Sua presença tudo quanto esteja fora de harmonia consigo, sendo Ele um Ser imaculado. Conseqüentemente, quando o homem caiu no pecado, foi banido do Jardim do Éden e da comunhão com um Deus santo. Essa lição é expressa de modo obje­tivo através do Velho Testamento por meio do sistema de sacrifícios realizados no Tabernáculo e no Templo. O homem ficou excluído do lugar Santo dos Santos que re­presentava a divina presença e somente por meio de um representante, o sacerdote, poderia aproximar-se de Deus, e isto uma  vez   por ano e somente através do sangue do sacrifício.
O amor de Deus se extendia em direção ao ser que Ele criara na Sua própria  imagem,  e assim,  mesmo antes da queda,   prevendo   essa calamidade, já havia preparado  "o Cordeiro que foi  morto, desde a fundação do mundo" que daria a Sua vida em resgate da   humanidade.   Ap 13.8.
4. A Retribuição.  Deus não apenas é um Deus de amor, como também de justiça absoluta, e caráter perfeito. Sua justiça exige que se dê plena satisfação pelos delitos cometidos contra a santa lei  divina.    A pena terá que ser aplicada ao transgressor.   Por incrível que pareça, apesar de Deus ter  preparado   um   caminho  pelo qual o homem pode voltar ao Seu favor, nem todos os homens estão dis­postos a aceitar esta provisão tão amorável.   O homem é dotado de livre arbítrio e, querendo ele, pode colocar a sua inexpressiva   vontade   em   oposição   ao  Ser   que   o   criou. Naturalmente,   a   rejeição   do amor de Deus constitui  um pecado eterno e o rebelde sofrerá as mais terríveis conse­qüências,  isto é, será banido para sempre do santo Deus. "A alma que pecar, essa morrerá". Ez 18.4.
5. Um Povo Escolhido. Servindo-Se de Sua soberania e sabedoria, Deus escolheu um povo, a nação israelita., como meio de revelar a Sua pessoa e o modo de tratar com os homens, especialmente através das Alianças. Israel serviu de testemunha da existência do Deus vivo e verda­deiro e da Sua infinita misericórdia. Contudo, tornou-se uma nação indigna e de dura cerviz.
6. O Princípio de Planejamento divino, demonstrado pelas dispensações e pactos. Percebe-se claramente na Palavra de Deus sete períodos distintos chamados "dispensações". Segundo o Dr. Schofield, "Uma dispensação é um período de tempo durante o qual o homem é provado a respeito de sua obediência para com uma determinada revelação de vontade de Deus". Deus dotou Suas criaturas de livre arbítrio e conseqüentemente essa vontade precisa ser provada para que seja determinado se estará concorde com Deus ou em desobediência a Ele. Em Ap 21.27 é revelado o grande propósito de Deus, de ter um reino, um universo sobre o qual Ele presidirá e do qual será banido para sempre tudo que não estiver em harmonia com Ele.
Facilmente podemos entender que, para Deus alcançar Seu objetivo, será necessário que a volição do homem seja posta à prova, e confirmada a obediência a Deus, para que o plano divino não sofra prejuízo por outras repetidas de­sobediências. Deus não nos fez como um brinquedo mecâ­nico que se põe em movimento por meio de corda. Ao contrário, dotou-nos de capacidade para amá-lo, glorificá-lo e viver em comunhão com Ele. Ele nos deu existên­cia, para manifestar-Se a nós e por meio de nós, Is 66.1,2; 57.15.
Após a queda de Satanás, o homem, a nova criatura que acabava de ser criada por Deus, necessariamente seria pro­vada. Portanto, o que lemos no livro de Gênesis acerca da prova e da queda do homem no Jardim do Éden era coisa esperada. As dispensações logicamente são vários estágios empregados por Deus para testar o homem, segundo o grau da revelação divina.

AS SETE DISPENSAÇÕES

Estas dispensações são as seguintes: Inocência, Consciência, Governo Humano, (ou seja a primeira organização em sociedade),  Patriarcal  ou da família, a Lei, a Graça, e o   Milênio,   que   será o governo divino.    Isto não significa que as Escrituras compõem-se de seções independentes umas das outras. O fato é que as dispensações até certo ponto se sobrepõem, e algumas que vigoravam em passado distante continuam de pé, quanto ao trato de Deus com os homens. É o caso especialmente do governo humano. Refutamos com veemência certas interpretações das Escrituras que cha­mamos de "ultra-dispensacionalismo".   Essas teorias reservam as bênçãos pronunciadas por Deus exclusivamente para o povo que viveu dentro de uma determinada dispensa­rão.    Cremos que as bênçãos de Deus são para o Seu povo seja   qual for a dispensação em cada momento histórico Cf. Rm 15.4; II Tm 3.16.
As Escrituras revelam

OITO ALIANÇAS ENTRE DEUS E OS HOMENS:

1) A aliança edênica, que condicionou a vida do homem no estado da inocência. Gn 1.28.
2) A aliança com Adão, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a promessa dum Redentor, Gn 3.14-21.
3) A aliança com Noé, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a continuação da vida sobre o planeta, Gn 9.1-17.
4) A aliança com Abraão, que daria início à nação is­raelita   e   concedeu-lhe   a  terra da Palestina. Gn 12.1-3.
5) A aliança com Moisés, que condena todos os homens "porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Rm 3.23; Êx 19.1-25.
6) A aliança palestínica, que assegura a restauração e a conversão final de Israel. Lc 26; Dt 28.1 a 30.3.
7) A aliança com Davi, que promete o trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que se cumprirá em Cristo, o "Filho de Davi". II Sm 7.16; I Cr 17.7; SI 89.27; Lc 1.32,33.
8) A Nova Aliança, que assegura a transformação espi­ritual de Israel e de todos que crêem em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus.

7. O Princípio de "Consumação". Deus sempre teve em mente um propósito definido, que é o Seu plano da re­denção dos homens. Ele prepara um glorioso destino para Seu povo redimido, tanto na terra como no céu. Esse pro­pósito se concretizará com o segundo advento do Redentor, que reinará sobre o mundo em justiça. Depois de ter assim regido o mundo, durante 1000 anos, entregará o reino nas mãos do Pai. Então será estabelecido um novo céu e uma nova terra, na qual habitará a justiça para sempre. Deus será supremo e terá a obediência de todos no universo. I Co 15.28.

Fonte: A Bíblia Atrevés dos Séculos. (N. Lawrence Olson)









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