segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Pérgamo – Igreja Licenciosa (Apocalipse 2.12-17)




Introduçã: A mais importante cidade da Mísia, hoje chamada de Bergama a beira do rio Calco (hoje, Baker-tchai) a 32 Km de sua foz. Foi construída sobre uma colina cuja a altura chegava a 300 metros acima da região que a circundava, sendo portanto uma fortaleza natural. É um lugar célebre pelo fato de ser ali que o pergaminho foi primeiramente preparado. Era uma cidade sofisticada, centro da cultura e da educação grega com uma biblioteca com mais de 200 mil volumes que depois foram levados para Alexandria. Segunda uma lenda, Pérgamo era terra sagrada por ali ter nascido o deus Júpiter.
Na acrópole da cidade, estava o grande altar a Zeus o chefe das divindades gregas. Quando dominavam os reis atálicos, tornou-se Pérgamo uma cidade de templos, colégios e palácios reais, e era considerada como a primeira cidade da Ásia. Um dos seus principais monumentos era um templo dedicado a Esculápio ou Asclépio (deus da medicina), sendo esse deus representado pela figura de uma serpente, visto como a medicina nesse tempo compreendia entre os seus agentes curativos, os encantos e os encantamentos, Poe esse motivo, muitas pessoas vinham de todas as partes do mundo para procurarem nele o alívio de seus males. Estava ali o “trono de Satanás” (Ap 2.13), provavelmente indicando que Pérgamo era nesse tempo a capital da província da Ásia e o mais antigo e o principal culto a César. Havia na cidade certo número de judeus que recebiam as rendas e ocupavam as terras, sendo excluídos apenas dos cargos públicos, visto que não tomavam parte nas cerimônias pagãs de caráter religioso.

I – Pérgamo é Elogiada 12,13)
            Jesus chama a atenção da igreja em Pérgamo à sua espada aguda de dois fios, que significa sua vitória sobre todos os seus inimigos, humanos e demoníacos. Significa ainda a forma como Ele trata alguns da sua igreja por lhe terem sido infiéis. Assim como os romanos usavam a espada para impor sua autoridade e seus juízos, a espada de Jesus, com dois gumes afiados, representa a suprema autoridade e o supremo juízo de Deus. Com certeza a igreja de Pérgamo estava precisando de alguma forma de separação, de juízo. Quando Jesus estava aqui na terra, esnsinou que a fé, nEle, implicava na separação até mesmo dos mais íntimos familiares (Lc 12.51-53). A Bíblia ensina que o julgamento deve começar pela casa de Deus (1Pe 4.17). O Senhor prometeu abençoar todo o Israel, mas trouxe julgamento sobre as dez tribos e sobre Judá, antes que viesse q julgar os inimigos de seu povo – os assírio e babilônios (Issías 10.5,12; Ezequiel 9.6; Amós 3.2; Habacuque 1.5-11; 2.4-20). Embora Deus seja fiel e nos abençoe, Ele é igualmente justo para julgar-nos.Contudo, não é um julgamento para destruir, mas para levar o seu povo a participar de sua glória. (Ver Provérbios 3.11,12). Na realidade, 1 Pedro 4.18 mostra que o caminho do pecador é mais que tortuoso, pois se "o justo" (o que está na justiça de Cristo), "apenas se salva", o que será do ímpio? Este não escapará do julgamento do Grande Trono Branco e do lago de fogo - o destino final do perverso. Conforme está escrito em João 15.2,6,7, é melhor deixar Deus usar a foice para podar, do que para cortar e lançar na fornalha. Assim, a Palavra de Deus é uma espada que trabalha em ambas direções; entre outras coisas, ajuda-nos a evitar o seu julgamento.
Pérgamo era a capital romana das províncias da Ásia na ocasião em que João teve a visão do Apocalipse. Na acrópole da cidade, estava o grande altar a Zeus, o chefe das divindades gregas. Em suas redondezas, ficava o elegante templo dedicado à deusa Athena. Fora dos muros da cidade, localizava-se o santuário ao deus da medicina, Esculápio, que ostentava como símbolo uma serpente. Consequentemente, Jesus identifica a cidade como o lugar onde Satanás habita e tem o seu trono. A cidade era, de fato, um centro tanto de idolatria, como de perseguição aos cristãos.
Apesar da oposição satânica, os cristãos de Pérgamo perseveravam na fé e na obra de Deus. Até mesmo quando a perseguição tornara-se insuportável, a igreja como um todo permaneceu fiel ao nome de Jesus, dando testemunho de seu caráter, natureza, trabalho e redenção. A morte não pôde detê-la. Aqueles cristãos recusaram-se a negar a sua fé, e a comprometer, ou rejeitar, as verdades do Evangelho. Um de seus membros, Antipas, já havia sido martirizado por causa do testemunho de Jesus. Ele não é mencionado em nenhum outro lugar da Bíblia, mas seu nome deve ser lembrado em virtude de seu fiel testemunho. Jesus o chama de "minha testemunha" (Ap 2.13). Antipas não somente deu testemunho das verdades sobre Jesus, mas tinha um relacionamento pessoal com o Salvador ao qual pertencia. Que contraste com aquele Antipas, pai de Herodes, o Grande, e aquele outro Herodes Antipas que assassinou a João Batista!

II – Onde Habita o Trono de Satanás
            Apesar da oposição satânica, os cristãos de Pérgamo perseveravam na fé e na obra de Deus. Até mesmo quando a perseguição tornara-se insuportável, a igreja como um permaneceu fiel ao nome de Jesus, dando testemunho de seu caráter, natureza, trabalho e redenção. A morte não pode detê-la. Aqueles cristãos recusaram-se a negar a sua fé, e a comprometer ou rejeitar, as verdades do evangelho. Um de seus membros, Antipas, já havia sido martirizado por causa do testemunho de Jesus. Jesus o chama de “minha testemunha” (Ap 2.13). Antipas não somente deu testemunho das verdades sobre Jesus, mas tinha um relacionamento pessoal com o Salvador ao qual pertencia. Um contraste com aquele Antipas, pai de Herodes, o Grande, e aquele outro Herodes Antipas que assassinou a João Batista!

III - Pérgamo E Chamada ao Arrependimento (Ap 2.14-16)

Apesar de a igreja em Pérgamo, como um todo, ser fiel a Cristo e às verdades do Evangelho, alguns dentre eles faziam-se passíveis da repreensão do Senhor. Os tais estavam comprometendo sua fé com os baixos padrões morais e costumes pagãos daqueles dias. Tinham um comportamento idêntico aos dos israelitas nos dias de Moisés. Seguindo os conselhos de Balaão, um vidente e falso profeta, Balaque, rei de Moabe, usou belas jovens de seu reino para seduzir os israelitas, e induzi-los a participarem de suas festas idolatras, nas quais a imoralidade era praticada em nome da religião (ver Número 25.1-5; 31.15,16).
Jesus chama a isto de prostituição (Ap 2.14). Deus não aceita ritos e cerimônias como desculpa para se quebrantar os seus mandamentos. (Ver 2 Pedro 2.15,16, onde, por dinheiro, Balaão tenta manipular Deus para que amaldiçoasse a Israel).
A advertência contra o comer comida sacrificada aos ídolos, no versículo 14, não contradiz o que Paulo escreveu sobre o consumo de carnes oferecidas aos ídolos (ver 1 Coríntios 1.25-30). Paulo referia-se a carne comprada no mercado da cidade, e trazida para casa. Contudo, alguns membros da igreja em Pérgamo estavam juntando-se às multidões que adoravam falsos deuses e praticavam atos sexuais com os sacerdotes e sacerdotisas pagãos como forma de honrar seus deuses. Pode ser que os cristãos que estivessem cometendo tais atos dissessem que, desde que os ídolos nada são, era-lhes lícito participar desses ritos sem prejuízo algum. Ou, talvez, alegassem: "Desde que a graça de Deus é superabundante, podemos cometer qualquer tipo de pecado, pois seremos automaticamente perdoados". Mas a Bíblia deixa claro que o crente não é para permanecer no pecado (Rm 6.1,2). Aqueles que participam da mesa do Senhor, não podem tomar parte na mesa dos demônios (l Co 10.21).
Alguns estudiosos veem no nome hebreu de Balaão (Ap 2.14) um equivalente no grego Nikolaos, identificando os balaamitas como os nicolaítas do versículo 15. Entretanto, pelo contexto parecem ser dois grupos diferentes. Pode ser que os nicolaítas encorajassem o mesmo tipo de desregramento desenfreado que os balaamitas, mas sem envolver idolatria. É claro que ambos os grupos possuíam perspectivas erradas acerca do amor e da liberdade do cristão, pois estavam comprometendo os princípios evangélicos com a prática da licenciosidade. São como alguns de nossos dias que se dizem cristãos, mas não condenam, antes incentivam os pecados execrados pela Bíblia.
Embora o Cristianismo oriente-nos contra o legalismo, deixa claro que não devemos usar da liberdade cristã como desculpa à operação da carne (ver Gálatas 5.13). Como cristãos, devemos andar (viver) no Espírito. Assim fazendo, não nos deixaremos dominar pelos ardentes desejos da velha natureza pecaminosa (G1 5.16). Jesus tem aversão pelos ensinamentos e ações daqueles que acham o pecado algo sem importância, e desencorajam o viver santo.
Podemos ver como Jesus odeia os ensinamentos permissivos quanto ao pecado, pela severidade como chama os impenitentes ao arrependimento no versículo 16. Os que erram devem arrepender-se, isto é, devem mudar sua atitude quanto a Deus. Caso contrário: Jesus lutará contra eles "com a espada de sua boca". Tudo o que Cristo tem a fazer é pronunciar a Palavra para trazer a punição. Ao se comprometerem espiritualmente, mesmo dizendo-se membros da igreja, os tais haviam se colocado ao lado dos inimigos do Senhor, aos quais Ele destruirá na sua vinda. A semelhança do Anticristo e do falso profeta, serão derrotados e lançados definitivamente no lago de fogo preparado ao diabo e seus anjos.

IV - O Maná e Uma Pedra Branca Serão Dados aos Vencedores (Ap 2.17)
Pela advertência à Pérgamo, todos somos chamados a ouvir a voz do Espírito Santo, que fala a todas as igrejas em todos as épocas. Devemos continuar nossa vida de vitória pela fé em Cristo Jesus. Assim, em vez de participarmos de festas pagãs, comeremos do "Maná escondido", onde Cristo partilhar-nos-á de sua própria natureza (ver João 6.48-51,58,63, onde Jesus diz ser o verdadeiro Maná, o verdadeiro pão do céu, e que precisamos comer de seu corpo e beber de seu sangue). Não por formas, nem por cerimônias, mas é através do crer em Jesus que nos alimentaremos de sua Palavra. A semelhança do pão, Ele tem sido distribuído e partido, e deve ser tomado como Senhor e Salvador para que participemos de sua vida. Como pão, Ele sustém nossa vida espiritual à medida que, continuamente, alimentamo-nos dEle.


Conclusão: Ao invés de sermos atraídos pela imoralidade, concupiscência e desejos mundanos, e por eles termos de pagar alto preço, miremos a "pedra branca" do perdão e da absolvição. Naqueles dias, uma pedrinha era usada nos tribunais para indicar a ausência de culpa. Nossos pecados já foram apagados; fomos tornados justos como se nunca tivéssemos pecado. Além disso, receberemos um "novo nome" que, na Bíblia, significa nova natureza, nova autoridade; enfim: uma herança completa.

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