O Pai incriado, o Filho incriado: o
Espírito Santo incriado.
O Pai incomensurável, o Filho incomensurável: o
Espírito Santo incomensurável.
O Pai eterno, o Filho eterno: o
Espírito Santo eterno.
E, mesmo assim, não são três eternos:
mas um só eterno.
A Trindade é um mistério. A aceitação
reverente do que não é revelado nas Sagradas Escrituras faz-se necessário antes
de se perguntar a respeito de sua natureza. A glória ilimitada de Deus deve ser
uma forma de nos conscientizar com respeito à nossa insignificância em contraste com aquEle que é "sublime e
exaltado".
Nosso reconhecimento dos mistérios de
Deus, especialmente da Trindade, exige que abandonemos a razão? Nada disso. Na
Bíblia, de fato, há muitos mistérios, mas "o cristianismo, como 'religião
revelada', centraliza-se na revelação e a revelação (segundo sua própria definição)
torna manifesto em vez de ocultar":
A razão se vê diante de uma pedra de
tropeço quando confrontada pela natureza paradoxal da doutrina trinitariana.
"Mas", asseverou Martinho Lutero, de modo enérgico, "posto que se baseie
claramente nas Escrituras, a razão precisa conservar-se em silêncio sobre o
assunto; devemos tão-somente crer".
Por isso, o papel da razão é o de
auxiliar, e nunca de dominar (atitude racionalista), a
entender as Escrituras, especialmente no tocante à formulação da doutrina da
Trindade. Não estamos, pois, tentando explicar Deus, mas, sim, considerar
as evidências históricas que estabelecem a identidade de Jesus como homem e
também como Deus (em virtude dos seus atos milagrosos e do seu caráter divino)
e, ainda, "incorporar a verdade que Jesus tornou válida no que diz
respeito ao seu relacionamento eterno com Deus Pai e com Deus Espírito
Santo".
Historicamente, a Igreja formulou a
doutrina da Trindade em razão do grande debate a respeito do relacionamento
entre Jesus de Nazaré e o Pai. Três Pessoas distintas - o Pai, o Filho e o
Espírito Santo - são manifestadas nas Escrituras como Deus, ao passo que a
própria Bíblia sustenta com tenacidade o Shema judaico:
"Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4).
A conclusão, baseada nas Escrituras, é
que o Deus da Bíblia é (nas palavras do Credo Atanasiano) "um só Deus na
Trindade, e a Trindade na Unidade". Isso soa irracional? Semelhante
acusação contra a doutrina da Trindade pode ser, por si mesma, classificada de
irracional: "Irracional é suprimir a evidência bíblica em favor da
Trindade para favorecer a Unidade, ou a evidência em favor da Unidade para
favorecer a Trindade". "Nossos dados devem ter precedência
sobre nossos modelos - ou, melhor, nossos modelos devem refletir de modo
sensível a gama inteira dos dados". Por isso, nosso olhar
metodológico deve estar baseado na Bíblia no que diz respeito à relação tênue
entre a unidade e a trindade para não polarizarmos a doutrina da Trindade num
dos dois extremos: a supressão das evidências em favor da unidade (o que
resultaria no unitarianismo, ou seja: que reconhece em Deus somente uma única
pessoa) ou o abuso das evidências em favor de triunidade (o que resultaria no
triteísmo - três deuses separados).
Uma análise objetiva dos dados bíblicos
no tocante ao relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, revela
que essa grandiosa doutrina não é uma noção abstrata, mas, na realidade, uma
verdade revelada. Por isso, antes de considerarmos o desenvolvimento histórico
e a formulação da teologia trinitariana, examinaremos as evidências bíblicas
nas quais a doutrina se fundamenta.
Evidências
Bíblicas para a Doutrina
O Antigo Testamento
Deus, no Antigo Testamento, é um só
Deus, que se revela pelos seus nomes, pelos seus atributos e pelos seus
atos. Mesmo assim, o Antigo Testamento lança alguma luz sobre a
pluralidade (uma distinção de Pessoas) na Deidade: "Façamos
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança"
(Gn 1.26). Que Deus não poderia estar conversando com anjos, ou com
outros seres não-identificados, fica evidente no versículo 27 que se refere à
criação do homem "à imagem de Deus". O contexto indica uma
comunicação interpessoal divina, que requer uma unidade de Pessoas na Deidade.
Outras distinções pessoais na Deidade são reveladas nos textos que se referem ao
"anjo do SENHOR" (hb. Yahweh). Esse anjo é distinguido de outros anjos. E pessoalmente identificado
com Javé e, ao mesmo tempo, distinguido dEle
(Gn 16.7-13; 18.1-21; 19.1-28; 32.24-30. Jacó diz:
"Tenho visto a Deus face a face", com referência ao anjo do Senhor).
Em Isaías 48.16; 61.1; e 63.9,10, o Messias fala. Numa
ocasião, Ele se identifica com Deus e o Espírito em união pessoal como os três
membros da Deidade. Mas noutra ocasião, o Messias continua (ainda
falando na primeira pessoa) a distinguir-se de Deus e do Espírito.
Zacarias lança muita luz sobre o
assunto ao falar, em nome de Deus, a respeito da crucificação do Messias: "E sobre a casa de Davi e
sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas;
e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigénito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito" (Zc 12.10). Fica
claro que o único Deus verdadeiro está falando na primeira pessoa
("mim") com referência a ter sido "traspassado", mas Ele mesmo faz a mudança gramatical da
primeira para a terceira pessoa ("ele") com relação aos sofrimentos
do Messias pelo fato de ter sido "traspassado". A revelação da pluralidade na Deidade fica bem evidente nesse texto bíblico.
Assim
saímos das sombras e prefigurações do Antigo Testamento para a luz maior da
revelação no Novo Testamento.
O Novo Testamento
João
começa o prólogo do seu Evangelho com a revelação do Verbo: "No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1). B. F. Westcott observa que, aqui, João leva
nossos pensamentos para além do começo da Criação, no tempo, para a eternidade.12 O
verbo "era" (gr. en, pretérito imperfeito de eimi, "ser")
aparece três vezes nesse versículo e, mediante todo o versículo, o apóstolo
transmite a idéia de que nem Deus, nem o
Verbo (gr. Logos), tem começo; sempre existiram em conjunto, e assim
continua.
A
segunda parte do versículo continua: "E o Verbo estava com Deus [pros ton theon]". O Logos existe
com Deus, em perfeita comunhão, por toda a eternidade. A palavra pros (com)
revela o relacionamento "face a face" que o Pai e o Filho sempre
compartilharam. A frase final de João é uma declaração nítida da divindade
do Verbo: "E o Verbo era Deus".
João
continua a revelar-nos que o Verbo entrou na
História (1.14) como Jesus de Nazaré,
sendo Ele mesmo "o Único Deus, que está ao lado do Pai". E o
Verbo tornou o Pai conhecido (1.18). O Novo Testamento
revela, ainda que, pelo fato de Jesus Cristo ter compartilhado da glória de
Deus desde toda a eternidade (Jo 17.5), Ele é objeto da adoração reservada somente a Deus:
"Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e
na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus" (Fp 2.10,11; ver também Ex 20.3; Is 45.23; Hb 1.8).
Foi
através do Verbo eterno, Jesus Cristo, que Deus Pai criou todas as coisas (Jo 1.3; Ap 3.14). Jesus se identifica como o
soberano "Eu sou" (Jo 8.58; cf. Êx 3.14). Em João 8.59, os judeus sentiram-se impulsionados a pegar em
pedras para matar a Jesus em virtude dessa refyindicação. Tentaram fazer a
mesma coisa mais tarde depois de haver Ele declarado em João 10.30: "Eu e o Pai somos
um". Os judeus que o escutaram consideraram-no blasfemo: "Sendo tu
homem, te, fazes Deus a ti mesmo" (Jo 10.33; cf. Jo 5.18).
Paulo identifica Jesus como o Deus que provê todas as coisas: "Ele é antes de todas a
coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). Jesus é o
"Deus Forte" que reinará como Rei no trono de Davi, e o tornará
eterno (Is 9.6,7). Seu conhecimento é perfeito e completo.
Pedro falou assim a nosso Senhor: "Senhor, tu sabes tudo" (Jo 21.17).
O próprio Cristo disse: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e
ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e
aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11.27; cf. Jo 10.15).
Jesus agora está presente em todos os
lugares (Mt 18.20), e é imutável (Hb 13.8). Ele compartilha este título com o
Pai: "o Primeiro e o Último" (Ap 1.17; 22.13). Jesus é o nosso Redentor
e Salvador (Jo 3.16,17; Hb 9.28; 1 Jo 2.2), nossa Vida e Luz (Jo 1.4), nosso
Pastor (Jo 10.14; 1 Pe 5.4), aquele que nos justifica (Rm 5.1), e que virá em
breve como "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" (Ap 19.16). Jesus é a
Verdade (Jo 14.6) e o Consolador, cujo
conforto e ajuda transbordam em nossa vida (2 Co 1.5). Isaías também o chama nosso "Conselheiro" (Is 9.6), e Ele é a Rocha (Rm 9.33; 1 Co 10.4).
Ele é santo (Lc 1.35) e habita naqueles que lhe invocam o nome (Rm 10.9,10; Ef
3.17).
Tudo quanto se pode dizer a respeito de
Deus Pai, também pode ser dito a respeito de Jesus Cristo. "Em Cristo
habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).
"Cristo... é sobre todos, Deus bendito eternamente" (Rm 9.5). Jesus
falou de sua plena igualdade com o Pai: "Quem me vê a mim vê o Pai...
estou no Pai, e o Pai, em mim" (Jo 14.9-11).
Jesus reivindicava plena divindade para
o Espírito Santo: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14-16). Ao chamar
o Espírito Santo allon parakleton ("outro ajudador do mesmo tipo que Ele
mesmo"), Jesus afirmou que tudo quanto pode ser afirmado a respeito
de sua natureza pode ser dito a respeito do Espírito Santo. Por isso, a Bíblia
dá testemunho da divindade do Espírito Santo como a Terceira Pessoa da
Trindade.
O Salmo 104.30 revela o Espírito Santo
como o Criador: "Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a
face da terra". Pedro se refere a Ele como Deus (At 5.3,4), e o autor da
Epístola aos Hebreus chama-o "Espírito eterno" (Hb
9.14).
A exemplo de Deus, o Espírito Santo
possui os atributos da Deidade. Ele tem conhecimento de todas as coisas:
"O Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus...
Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus" (1 Co 2.10,11).
Ele está presente em todos os lugares (SI 139.7,8). Embora o Espírito Santo
distribua dons entre os cristãos, Ele mesmo permanece sendo "um só"
(1 Co 12.11); Ele é constante na sua natureza. Ele é a Verdade (Jo 15.26;
16.13; 1 Jo 5.6). Ele é o Autor da Vida (Jo 3.3-6; Rm 8.10) mediante o
renascimento e a renovação (Tt 3.5) e nos sela para o dia da redenção (Ef
4.30).
O Pai e nosso Santificador (1 Ts 5.23),
Jesus Cristo é nosso Santificador (1 Co 1.2), e o Espírito Santo é nosso
Santificador (Rm 15.16). O Espírito Santo é nosso "Conselheiro" (Jo
14.16,26; 15.26), e habita naqueles que o temem (Jo 14.17; 1 Co 3.16,17; 6.19;
2 Co 6.16). Em Isaías 6.8-10, o profeta indica que Deus está
falando, e Paulo atribui a mesma passagem ao Espírito Santo (At 28.25,26). No
que tange a isso, João Calvino observa: "Realmente, onde os profetas
usualmente dizem que as palavras que pronunciam são as do Senhor dos Exércitos,
Cristo e os apóstolos as atribuem ao Espírito Santo [cf. 2 Pe 1.21]". Calvino conclui: "Segue-se, portanto, que quem é
o autor preeminente das profecias é verdadeiramente Jeová [Yahweh]".
"O conceito do Deus Trino e Uno acha-se somente na tradição
judaico-cristã". Esse conceito não surgiu mediante a especulação dos
sábios deste mundo, mas através da revelação outorgada passo a passo na
Palavra de Deus. Em todos os escritos dos apóstolos, a Trindade é implícita e
tomada como certa ( Ef 1.1-14; 1 Pe 1.2). Fica claro que o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, existem eternamente como três Pessoas distintas, mas as
Escrituras também revelam a unidade dos três membros da Deidade.
As Pessoas da Trindade têm vontades
separadas, porém nunca conflitantes (Lc 22.42; 1 Co 12.11). O Pai fala ao
Filho, empregando o pronome da segunda pessoa do singular: "Tu és meu
Filho amado; em ti me tenho comprazido" (Lc 3.22). Jesus se oferece ao Pai pelo Espírito
(Hb 9.14). Declara que veio "não para fazer a minha vontade, mas a
vontade daquele que me enviou" (Jo 6.38).
O nascimento virginal de Jesus Cristo revela o interrelacionamento entre os três membros da Trindade. O relato
de Lucas diz: "E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e
a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc
1.35).
O único Deus é revelado como a Trindade
na ocasião do batismo de Jesus Cristo. O Filho subiu das águas. O Espírito
Santo desceu como pomba. O Pai falou dos Céus (Mt 3.16,17). Por ocasião da
criação, a Bíblia menciona o envolvimento do Espírito (Gn 1.2). O autor da
Epístola aos Hebreus, porém, declara explicitamente que o Pai é o
Criador (Hb 1.2), e João demonstra que a criação foi realizada "por meio
do" Filho (Jo 1.3; Ap 3.14). Quando o apóstolo Paulo anuncia aos
atenienses que Deus "fez o mundo e tudo que nele há" (At 17.24), a
única conclusão a que podemos razoavelmente chegar (juntamente com Atanásio) é que Deus é "um só Deus na Trindade, e
a Trindade na Unidade".
A ressurreição de Jesus Cristo dentre
os mortos é outro exemplo notável do relacionamento dentro da Deidade Trina e Una na redenção. Paulo declara que o Pai de Jesus
Cristo ressuscitou nosso Senhor dentre os mortos (Rm 1.4; cf. 2 Co 1.3). Jesus,
contudo, declarou enfaticamente que ressuscitaria seu próprio corpo da
sepultura na glória da ressurreição (Jo 2.19-21). Noutro texto, Paulo declara
que Deus, mediante o Espírito Santo, ressuscitou Cristo dentre os mortos (Rm
8.11; cf. Rm 1.4). Lucas coroa teologicamente a
ortodoxia trinitariana ao registrar a proclamação do
apóstolo Paulo aos atenienses de que o único Deus ressuscitou a Cristo dentre
os mortos (At 17.30,31).
Jesus coloca os três membros da Deidade no mesmo plano ao ordenar aos seus
discípulos: "Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
O
apóstolo Paulo, judeu monoteísta treinado pelo grande erudito rabínico
Gamaliel, hebreu de hebreus; segundo a lei, fariseu (Fp 3.5), deu o carimbo definitivo à teologia
trinitariana, conforme revela a sua saudação à igreja em Corinto: "A graça
do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam
com vós todos" (2 Co 13.14). Os dados oferecidos pela Bíblia levam-nos decididamente à conclusão
de que, dentro da natureza do único Deus verdadeiro, há três Pessoas, sendo que
cada uma é co-eterna, co-igual e co-existente.
O
teólogo ortodoxo subordina humildemente os seus pensamentos sobre a teologia
trinitariana aos dados revelados na Palavra de Deus de maneira bem semelhante
ao físico quântico ao formular a teoria paradoxal das partículas de ondas:
Os físicos
quânticos concordam entre si que as entidades subatômicas são uma mistura de propriedades de ondas (W),
de propriedades de partículas (P), e de propriedades quânticas (h). Os elétrons de alta velocidade, ao
serem atirados através de um filme metálico, ou de cristal de níquel (como
raios catódicos rápidos ou até mesmo como raios-B), difratam como raios-X. Em
princípio, o raio-B é igual à luz solar empregada numa experiência de dupla
ranhura ou biprísmica. A difração é um critério de comportamento semelhante a
raios nas substâncias; toda a teoria clássica das ondas baseia-se nisso. Além desse
comportamento, porém, há muito tempo que os elétrons vêm sendo considerados
partículas com carga elétrica. Um campo magnético
transversal defletirá um feixe de elétrons e seu padrão de
difração. Somente as partículas comportam-se dessa maneira; toda a teoria eletromagnética depende disso. Para
explicar todas as evidências, os elétrons devem ser tanto
partículas quando ondulatórios [grifos nossos]. Um elétron é um Pwh.
A analogia
entre a Trindade e o Pwh ilustra muito bem as precauções preliminares desse
capítulo, ou seja: embora o teólogo sempre deva esforçar-se por conseguir a
racionalidade na formulação teológica, ele também deve preferir a revelação às
restrições finitas da lógica humana. A Escritura, e tãosomente ela, é o ponto de partida para a teologia
da Igreja Cristã.
Fonte:
Teologia Sistemática - Horton, M. Satanley.
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