quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A salvação da alma


 
 Que é a salvação?—É um extraordinário mila­gre de Deus! Que falem os irmãos! (2 Co 5.17). Sal­vação é mais que arrependimento; é mais que uma confissão de fé; é mais que ser membro duma igre­ja.
Trataremos primeiramente do pecado, pois sal­vação infere perdição, que é ocasionada pelo peca­do. Os homens sem Deus consideram o pecado como coisa inexistente ou de somenos importância, mas a Palavra de Deus descreve-o como realmente ele é.

1. O PECADO
O que é o pecado.
a. Ê transgredir a lei de Deus (Sl 51.1; Lc 15.29; 1 Jo 3.4 ARA).Sendo o pecado uma transgressão, é uma rebe­lião contra Deus. Em suma, é o homem fazer sua própria vonta­de.
b. É toda injustiça (1 Jo 5.17). Isto é, tudo aqui­lo que não é reto segundo o padrão divino.
c. É uma dívida para com Deus (Mt 6.12). Cada pecado cometido -é uma dívida contraída com Deus.
Tal dívida o homem não pode jamais pagar. O homem, uma vez cometendo pecado contra Deus, não pode desfazer esse pecado. A sua única esperança está no lado divino - no perdão que obtemos de Deus mediante a morte viçaria de nosso Se­nhor Jesus Cristo.
d. Ê não cumprir com os deveres cristãos (Tg 4.17). Pecado não é somente praticar o mal; deixar de fazer o bem também é pecado.
e. É não dar crédito a Cristo; não ter fé em Cris­to (Jo 16.8,9). Não dar crédito a Cristo é um insulto a Deus que o enviou.
f. É praticar coisas duvidosas (Rm 14.23).
g. Ê errar o alvo verdadeiro (Rm 3.23). Um dos principais significados da palavra pecado (no origi­nal gr. "hamartia"), é "errar o alvo". De fato, o pe­cado é um alvo que o homem acerta quando erra o alvo verdadeiro. O alvo certo é Deus e sua glória, mas, quando pecamos, erramos o alvo certo e fica­mos separados de Deus. Só o perdão pelo sangue de Jesus pode restabelecer a comunhão com Deus. O homem foi criado para temer a Deus, adorá-lo e glorificá-lo, mas quando peca, erra esse alvo. Nota: O pecado pode ser por comissão ou omissão.

2. A UNIVERSALIDADE DO PECADO
Os textos bíblicos que se seguem provam que to­dos pecaram. Ninguém é excluído a não ser o Se­nhor Jesus, porque apesar de ser o Filho do homem, é também o Filho de Deus. É Deus quem diz na sua Palavra que todos pecaram. Inúmeras pessoas não se podem salvar porque não querem reconhecer que são pecadoras e muito menos perdidas. Se o ho­mem não reconhecer que é pecador, Jesus não po­derá salvá-lo, pois Ele veio salvar pecadores.
Textos que mostram a universalidade do peca­do: Pv 20.9; Ec 7.20; Is 53.6; Mc 16.15; Rm 3.23; 5.12; 1 Jo 1.8,10. (Ver a palavra "todos" e "todo" nessas passagens.) Também Sl 51.5 e 58.3, mos­tram que o homem não é pecador porque peca; ele peca porque é pecador por natureza. Estas passa­gens revelam que o homem para errar não precisa de instrutor.

3. AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
a)    Traz aflição e inquietação ao pecador (Is 48 22; Jr. 2.19; Lm 3.39).
b)   Interrompe a comunhão com Deus (Is 59.2).
c)    Escraviza o homem (Jo 8.34).
d)   Conduz à morte eterna, ou "segunda morte"(Rm 6.23).
e)    Exclui o homem do Céu - sua herança (1 Co 6.9).

4. TODOS NECESSITAM DE UM SALVADOR PORQUE TODOS PECARAM
a.  Sendo pecador, como todos são, deve o peca­dor reconhecer isso (1 Rs 8.46). Isto foi dito por Sa­lomão o homem mais sábio que já existiu. Quem pode contestar? Quem sabe mais?
b.  Sendo todos pecadores, estão todos sob con­denação (Ez 18.4).
c.   O resultado de morrer no pecado (Rm 6.23).
d.  Como escapar da condenação? (Hb 2.3).
e.   Obras não podem salvar (Is 64.6; Ef 2.8,9; Tt 3.5).
f.   Só Jesus pode salvar (Jo 12.47; At 4.12; 1 Tm 1.15; Hb 7.25).

5. HOMEM NENHUM PODE SALVAR-SE A Sl MESMO
a.  Deus mesmo é a nossa salvação (Is 12.2; Jo 15.5; At 4.12).
b.  Tudo o que o homem fizer para salvar-se é debalde (Is 64.6).
c. Os caminhos do homem não são os de Deus (Pv 14.12; Is 55.8).
d.  Somos salvos pela misericórdia de Deus; não por obras ou qualquer outra coisa que fizermos para merecer a salvação (Ef 2.8,9; Tt 3.5). Até a fé, me­diante a qual recebemos a salvação, vem de Deus.Portanto, nem igreja, nem batismo, nem condu­ta ou qualquer outra coisa pode salvar o homem, a não ser o Senhor Jesus Cristo.
e. Só Jesus é o caminho para Deus (Jo 14.6).

6.  DEUS MESMO JÁ PROVIDENCIOU A SAL­VAÇÃO
a.  Deus deu seu bendito Filho como sacrifício pelo pecado (Jo 1.29; 3.16; 1 Jo 2.1).
b.  Jesus já morreu para salvar o pecador (Rm 5.8; 1 Co 15.3).
c.   Ele, ao morrer, levou sobre si os nossos peca­dos (1 Pe 2.24).
d.  Esta salvação é gratuita. É por graça. Vem de Deus (Ef 2.8; Tt 3.5).

7.  O PLANO DA SALVAÇÃO
É de suma importância que o ganhador de al­mas compreenda bem o plano ou caminho da salva­ção, para poder explicá-lo claramente à alma que busca a Deus. O plano é simples, pois Deus afastou todas as dificuldades. Ele fez tudo em lugar do pe­cador. A parte que toca a este é apenas aceitar a salvação consumada. É como está escrito na pará­bola das bodas: "Tudo já está preparado; vinde às bodas" (Mt 22.4).
A Palavra de Deus afirma que todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus (Rm 3.23). Deus, porém, na sua misericórdia, não quer que ninguém pereça (1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9), e proveu sal­vação para todos que quiserem. Jesus morreu em lugar do pecador, levando sobre si o pecado do mundo (Is 53.6b; Jo 1.29; 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24). Quem quiser pode agora ser salvo mediante o Se­nhor Jesus Cristo (Mt 1.21; Lc 2.10,11; 19.10; Jo 3.16; At 10.43; Rm 10.13; Ap 22.17). O castigo do pecado, que era a morte (Ez 18.4), o Senhor Jesus levou em seu corpo no Calvário.

8. OS TRÊS PASSOS PARA O HOMEM OBTER A SALVAÇÃO:
8.1.      Reconhecer que é pecador (Rm 3.23)
O primeiro passo para a salvação é o homem re­conhecer que é pecador. Esse passo é efetuado pelo Espírito Santo, ao ouvir o pecador a mensagem da salvação. (Ver Jo 16.7.8.) Esse reconhecimento do pecado é acompanhado de profunda tristeza, por ter a pessoa vivido no pecado até agora. (Ver At 2.37.) - "compungiram-se em seu coração"; 2 Co 7.10 - "a tristeza segundo Deus".)
1.2.Confiar em Jesus como o seu Salvador (Jo 1.12; At 16.31)
Aqui se trata de fé. Este é o segundo passo. "Crer", no sentido bíblico, é confiar de modo abso­luto, apoiando-se ou descansando plenamente sobre aquilo em que'se crê. Não é. como alguém pensa, um ato puramente do intelecto, mas de todo o seu ser interior. O requisito que Deus requer é crer. e nada mais. mas crer honestamente. Este se­gundo passo para a salvação inclui em si o arrepen­dimento (Mc 1,15; 2 Co 7.10). O pecador, ao sentir tristeza pelo pecado, e ajudado pelo Espírito Santo, decide mudar de vida. deixar o pecado e voltar-se para Deus. Arrepender-se é andar em sentido con­trário àquele em que se vinha.
8.3. Confessar que Cristo é o seu Salvador (Rm 10.10b)
Isto é a decisão em si (At 3.19b). Confessar é a pessoa declarar publicamente que aceitou o Salva­dor. Após crer com o coração (segundo passo - Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente. Nesse momento o pecador confessa também a Deus os seus pecados, decidindo abandoná-los, e recebe o perdão (1 Jo 1.9). Portanto, o perdão de­pende de arrependimento e confissão. Somente o homem reconhecer que é pecador e compreender que o Evangelho é a verdade de Deus para a salva­ção nada adianta se ele não aceitar o Salvador, con-fessando-o publicamente. Não pode haver crente secreto, isto é, só de coração. Quem aceita a Jesus como seu Salvador tem logo um desejo intenso e es­pontâneo de manifestar isso. Cada salvo sabe mui­to bem disso por experiência.
A obediência do pecador a estes três passos re­sulta na salvação. Isso é infalível, operando a Pa­lavra e o Espírito Santo. Crer em Jesus sem confes­sá-lo é covardia. Confessá-lo sem crer é hipocrisia.

9. A IMPORTÂNCIA DO SANGUE NO PLANO DA SALVAÇÃO
Muita gente não entende porque as Escrituras mencionam tanto os sacrifícios cruentos. Uns che­gam até a dizer que o Evangelho é a "religião do matadouro". Mas o derramamento de sangue tão enfatizado na Bíblia para expiar o pecado, tão-somente evidencia a hediondez deste e que o salário do pecado é a morte. Os sacrifícios do AT eram im­perfeitos e não podiam expiar de vez o pecado, mas o Cordeiro de Deus - o Senhor Jesus Cristo, com seu sacrifício no Calvário, resolveu para sempre o problema do pecado.
Em cada sacrifício do AT. o ofertante queria di­zer o seguinte: a) eu pequei; b) eu mereço a morte; c) outro vai morrer em meu lugar. (Ler Lv 17.11; Mt 20.28; 2 Co 5.14.) Esses são pontos básicos con­cernentes ao sangue, no plano da salvação.
9.1. "Sem derramamento de sangue não há re­missão de pecados" (Hb 9.22 - 1 Pe 1.8,9). Somos remidos do poder do pecado pelo sangue de Jesus - o Cordeiro de Deus (Jo 1.29).
9.2.     No Antigo Testamento, Deus deu o sangue de animais para fazer expiação pelas almas (Lv 17.11). Esse sangue sacrificial de animais tipificava o sangue de Cristo. Esses sacrifícios repetiram-se
até que veio o perfeito sacrifício (Is 53.10).
9.3.     O Senhor Jesus deu o seu sangue para a re­missão dos pecados (Mt 26.28). Esse precioso san­gue não só prove o perdão dos pecados cometidos, mas também a purificação do pecado congênito da nossa natureza humana (1 Jo 1.7-10).

9.4.     E pelo sangue de Jesus que somos justifica­ dos diante de Deus. Só desse modo é satisfeita a justificação requerida por Deus (Rm 5.9,10). Há muitas religiões e seitas que negam a eficá­cia do sangue de Jesus na redenção da humanida­de. É evidente que são religiões e seitas falsas.

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